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ISBN 978-989-99346-1-0
Edição CIAMH, FAUP
Ano 2016
Idioma Português
Número de Páginas 148
Dimensão 14.5x22cm

Sobre o colecção

“Trata-se de uma colecção de entrevistas feitas pelo arquitecto Nuno Lacerda Lopes. São conversas entre arquitectos da Escola do Porto onde se procura compreender o processo de construção de um ideal de arquitectura, de profissão, de sociedade e de escola, tendo por base uma reflexão pessoal e aberta e até esclarecer as inquietações teóricas e práticas bem como as circunstâncias que fundamentam a arquitectura portuguesa dos dias de hoje.”

Excerto – primeira pergunta da entrevista a Teresa Fonseca

“Bom dia Professora, Doutora, Arquitecta…

Arquitecta. O ideal é professora Teresa Fonseca, ou Teresa Fonseca, porque acho que não vivemos com os títulos. O que interessa são os graus a que a gente corresponde e eu gosto do nome graus, isso é para corrigir um bocadinho, às vezes, a maneira como nos tratamos uns aos outros. Eu acho que os graus académicos são degraus subidos com sacrifício no sentido da formação do próprio, embora em Portugal haja uma tendência para confundir isso com títulos honoríficos ou de poder. Se isso se traduzisse na prática em poder científico, em poder e autoridade científica ou autoridade profissional, era óptimo, porque era mais uma vez o exercício de autoridade de serviço; só que em Portugal não se reconhece isso. Quem apanha uma eleição, ou quem apanha uma nomeação para qualquer coisa, não entende isso como um serviço a prestar, mas entende-o como um lugar de exercício de poder e de importância. Eu tenho grandes dificuldades em me ajustar à sociedade portuguesa; sempre tive uma grande dificuldade em me ajustar, inclusive porque sou a pessoa mais desajustada para o exercício do poder. Recuso, não sei, não tenho graus para o exercício do poder ao nível da gestão, por exemplo, mas sinto-me com habilitações profissionais interessantes. Sinto que fiz muito estudo, desde muito jovem sempre adorei estudar e acho que cada vez se me torna mais necessário aprender mais qualquer coisa. Por exemplo, sobre o teu tema: a habitação.”